14 de julho de 2015

Fibromialgia x Atividade Física

A Síndrome da Fibromialgia (SFM) é uma doença reumatológica não-inflamatória e segundo o Colégio Americano de Reumatologia, é uma síndrome de dor difusa e crônica, onde apresentam 11 a 18 pontos anatômicos de tensão dolorosos ao realizar uma pressão no local. Essa síndrome acomete as mais variadas faixas etárias, porém a incidência é em indivíduos entre 35 e 50 anos de idade, com prevalência no sexo feminino.
Além dos sintomas de dores musculoesqueléticas generalizada, a SFM tem como sintomas rigidez, fadiga, cefaléias, distúrbio do sono, depressão, ansiedade e alterações de humor, interferindo na qualidade de vida do sujeito, consequentemente suas atividades diárias ficarão comprometidas, assim como sua atuação no trabalho e o convívio social.
Mesmo sendo uma doença crônica, ela não é progressiva e não causa danos às articulações, músculos e órgãos. O objetivo no tratamento é o controle dos sintomas para que o indivíduo melhore sua qualidade de vida. O tratamento é constituído por anti-inflamatórios, relaxantes musculares, analgésicos e antidepressivos e a atividade física entra como um complemento ao tratamento. Diversas pesquisas e estudos científicos vem comprovando que a prática da atividade física tem efeitos benéficos nos sintomas de tais pacientes, já que provoca alterações fisiológicas, bioquímicas e psicológicas. É importante que o médico prescreva a prática de atividade física como um efeito paliativo. O profissional habilitado na área deve fazer uma avaliação funcional e de riscos potenciais aos sistemas cardiovascular, respiratório e locomotor e prescrever de forma individualizada e esclarecida os benefícios e importância dos exercícios físicos para a estagnação dos sintomas.
Dentre as atividades, os exercícios aeróbios são os mais estudados e há uma comprovação na melhora dos sintomas como humor, dor, distúrbios do sono, fadiga, depressão e ansiedade. Um dos motivos é a liberação da endorfina através dos exercícios, onde há uma maior tolerância a dor e redução da ansiedade e estresse. Os exercícios de fortalecimento e alongamento também podem ser prescritos e vem sendo reconhecidos nos estudos científicos como uma forma eficaz no tratamento não medicamentoso da SFM.
É de extrema importância que a intensidade nos exercícios, frequência e carga, seja realizada de maneira progressiva. O aluno deve ter consciência que as dores musculares existirão nas primeiras semanas, mas com a continuidade, a tendência é adquirir uma maior resistência a dor. O profissional deve direcionar o indivíduo a uma atividade prazerosa, pois o aspecto psicológico interfere no resultado.
Antes da prática de qualquer atividade física, procure um médico e profissional capacitado na área para orientar o melhor tipo de exercício pra você.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BUENOA R. C. et al. Exercício físico e fibromialgia. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos, v. 20, n. 2, p. 279-285, 2012.
Grupo Editorial Moreira Junior
FERREIRA, Gabriele, MARTINHO, Ulisses Guimarães e TAVARES, Maria da Consolação Gomes C. F. Fibromialgia e atividade física: reflexão a partir de uma revisão bobliográfica. Salusvita, Bauru, v. 33, n. 3, p. 433-446, 2014.
de Azevedo Klumb Steffens, Ricardo; Brandt, Ricardo; Souza Felipe, Juliana; Andrade, Alexandro Exercícios físicos diminuem a dor, a depressão e melhoram a qualidade de vida de pessoas com fibromialgia. ConScientiae Saúde, vol. 10, núm. 4, 2011, pp. 749-755 Universidade Nove de Julho São Paulo, Brasil.
STEFFENS RAK, VALE BR, FONSECA ABP, VIANA MS, BRANDT R, ANDRADE A. Efeito da caminhada sobre a qualidade de vida e auto-eficácia de mulheres com síndrome da fibromialgia; R. bras. Ci. e Mov 2012 ;20(1):41-46.

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